Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Apesar de ter sidoapontada pelo Ministério da Saúde como uma das dezcapitais brasileiras que precisam estar em alerta para um possívelsurto de dengue, a cidade de Belém está preparada paratratar o problema, mesmo na eventualidade de uma epidemia. A garantiafoi dada hoje (10) pela secretária de Saúde Públicado Pará, Laura Rosseti, ao participar, em Belém, do23º. Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde(Conasems).A secretária disse que são grandesas probabilidades de incidência da doença na Amazônia,por causa do clima da região. Quando o assunto édengue, lembrou Laura, o Pará está entre os estados quemerecem atenção especial, conforme alertou o Ministérioda Saúde. "Reconhecemos essa preocupação,porque aqui temos condições muito favoráveis auma epidemia de dengue." Contudo, a união dosgovernos federal e estadual permitiu que fossem tomadas as medidaspreventivas necessárias, e o estado conseguiu, atéagora, manter uma situação de controle e reduzir osíndices de risco satisfatoriamente nas regiões maissujeitas ao problema, acrescentou. "Dessa forma, estamos nosconduzindo para manter essa prevenção, sem sair doestado de alerta que deve ser mantido, como disse antes, pelascondições climáticas da regiãoamazônica."Formas de prevenção e cuidados eprovidências a serem tomados diante dos casos de dengue naRegião Norte estão entre os principais assuntos do 23ºConasems, do qual participam cerca de 2 mil pessoas, incluindorepresentantes da área de saúde de diversos estadosbrasileiros. O encontro, que termina amanhã (11), estásendo realizado paralelamente ao 5o. Congresso Brasileiro de Saúdee Cultura de Paz e Não-Violência. Os dois eventos têmo objetivo de discutir questões sobre a política desaúde, visando ao aperfeiçoamento do Sistema Únicode Saúde (SUS). O congresso deste ano é o primeirorealizado na Região Norte e marca a passagem dos 20 anos decriação do SUS e do Conselho Nacional de SecretariasMunicipais de Saúde. Laura Rosseti disse que a escolha deBelém como sede foi boa, porque era preciso discutir de formaapropriada assuntos da área de saúde relacionados àAmazônia. "Ao longo dos anos, temos tido dificuldades quedizem respeito, por exemplo, aos repasses dos investimentos nessaárea. O congresso é uma oportunidade de buscarestratégias e alternativas para melhorar o atendimento desaúde diante das adversidades existentes na região",completou. Segundo o presidente do Conasems, HelvécioMiranda Magalhães Júnior, a decisão de realizaro congresso em uma capital do Norte simboliza uma "prestaçãode contas" com a Amazônia e mostra que agora foiconstatada a necessidade de um olhar diferenciado do poder públicopara cada região do país, especialmente a amazônica."A Amazônia tem particularidades que precisam serentendidas. Queremos trazer novo fôlego ao SUS do Nortebrasileiro", afirmou.