Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O chequeespecial cobrou juros de 146% em fevereiro, o maior percentual desde março de 2006, que foi de 146,4%. Segundo dadosdivulgados hoje (25) pelo Banco Central os juros do créditopessoal, que inclui operações com desconto em folha depagamento, passaram de 53,1% em janeiro, para 52,6% no mês passado.O volume de créditodo Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 957,6 bilhões emfevereiro, o que equivale a 34,9% da soma de bens e serviçosproduzidos no país, o Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,1 ponto percentual em relação a janeiro. A taxa média dejuros (pessoas físicas e jurídicas) passou de 37,3% ao ano,em janeiro, para 37,4 % ao ano em fevereiro. Nos 12 meses fechados em fevereiro (anualizada), a tarifa média caiu 1,9 pontopercentual. No caso das operaçõesdestinadas apenas a pessoas físicas, a taxa média subiude 48,8 % em janeiro para 49 % ao ano no mês passado, e a tarifa médiade juros anuais para empresas (pessoa jurídica) foi de 24,8 % emfevereiro, maior que os 24,7 % de janeiro.Na aquisiçãode veículos, a taxa se manteve em 31,2 % emfevereiro e fechou os 12 meses encerrados no mês combaixa de 0,8 ponto percentual. O spread, diferençaentre o que os bancos pagam nos investimentos (captação)e o que cobram na concessão do empréstimo(financiamentos) ficou em 14,1 pontos percentuais para empresas, 36,9 pontospercentuais para pessoas físicas e 26 pontos percentuais nototal. Boa parte do lucro dos bancos vem do spread. A taxa de inadimplênciageral, considerados atrasos superiores a 90 dias, ficou em 4,3%, e em -0,7% em 12 meses. Em fevereiro, a inadimplência de pessoasjurídicas foi de 2% e das pessoas físicas, 7,1%.