Roberta Lopes e Lúcia Nórcio
Repórteres da Agência Brasil
Brasília e Foz do Iguaçu (PR) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silvadescartou hoje (20) a possibilidade de alta nos preços dagasolina em função das oscilações do valor do barril de petróleo nas bolsas devalores. Ontem (19), por exemplo, o barril de petróleofechou a US$ 104,48, preço considerado ainda elevado apesar de menor que o patamar alcançado na semana passada de US$ 112. “Se não aumentou quando chegou a US$ 110, agora queo preço caiu [do barril de petróleo], por que os preçosaumentariam?”, indagou o presidente.Ele disse também que o governo vê comcautela a crise norte-americana, mas que está tranqüiloporque hoje o Brasil tem uma pauta de exportaçõesdiversificada. “Não dependemos mais de um só país.Temos relações comerciais de Argentina a Chile, deÍndia a Colômbia, de Venezuela a Vietnã, deEquador a países árabes”, comentou.O presidente participou hoje de cerimônia emque foram assinados convênio para cessão de águaspúblicas para aqüicultores e termo de cooperaçãotécnica para estudo de viabilidade técnica e econômicapara construção de um alcoolduto ligando Campo Grande(MS) ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Ele traçou a importância daconstrução de um duto de transporte de etanol atéParanaguá devido a posição estratégica doporto, que escoa a produção brasileira do combustívelpara o mundo. Lula lembrou a meta a ser atingida pela UniãoEuropéia de adicionar 10% de etanol na gasolina, estabelecidapelo Protocolo de Kioto, o que provocará mais demanda pelocombustível."Mais dia ou menos dia, a UniãoEuropéia terá que cumprir até 2020, 10% deetanol na gasolina. E, quando chegar o momento, eles vão terque saber de quem que eles vão precisar e não tem outropaís com o maior potencial de vender do que o Brasil",afirmou.