Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pneumologiae Tisiologia (SBPT) assinaram hoje (20) um acordo de cooperação técnica ecientífica voltado para a prevenção de doenças respiratórias, como asma,pneumonia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tuberculose e tabagismo.A iniciativa prevê ações conjuntas, como campanhas educativasvoltadas à prevenção ao tabagismo e outros fatores de risco à saúde. O acordo permite também capacitar osserviços de saúde e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), sejam das Unidades Básicas de Saúde,ou das emergências, além de realizar investigação científica sobre as doenças.De acordo com o diretor do Departamento de Ações Programáticasdo Ministério da Saúde, Adson França, o combate ao tabagismo deve ser o pontoprincipal focado pelo governo nessa parceria. Ele também disse que em breveserá criada uma área especial dentro do ministério dedicada especificamente àsaúde dos homens.“A primeira causa de óbito em relação ao homem é o câncer depulmão. Além disso, o tabagismo é um fator de risco para uma série de outrasdoenças”, disse.Segundo o presidente da SBPT, Antônio Carlos Lemos, as doençasrespiratórias representam um alto percentual dentro dos atendimentos nos postosde saúde e também no número de mortes registradas.“Cerca de 30% das pessoas que procuram atenção primária nasaúde são pessoas com sintomas respiratórios, ou seja, quase um terço dapopulação que procura atenção primária da saúde. As doenças respiratóriastambém são responsáveis por um elevado número de mortes, e, muitas vezes, mortesprematuras”, afirmou Lemos.Dados do SUS mostram que acada ano mais de 350 mil brasileiros dão entrada nos hospitais vítimas de asma.E cerca de 12% de todas as internações do sistema público são feitas por diagnóstico deasma, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crônica, essa última causada,especialmente, pelo tabagismo. O Ministério calcula um gasto de R$ 600 milhõespor ano com o tratamento dessas doenças.