Ministério da Defesa fecha parceria com BNDES para reestruturação da Infraero

06/03/2008 - 22h39

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério da Defesa fechou uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)  para reestruturação da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). A informação foi dada hoje (6) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, após encontro com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Segundo Jobim, ficou acertado que o BNDES vai elaborar um diagnóstico da situação atual da Infraero e desenvolver um plano de negócios da empresa - a partir do conjunto de aeroportos existentes no país. “O encontro foi a continuidade de uma primeira conversa que tivemos quando assumi o Ministério da Defesa e que previa a participação do BNDES na reestruturação da Infraero e também da necessidade da contratação de uma consultoria internacional para a elaboração de um diagnóstico, na área do controle do espaço aéreo brasileiro, para termos uma otimização do sistema hoje existente”, disse Jobim.O ministro reafirmou a pré-disposição do governo federal de abrir o capital da Infraero à iniciativa privada, mas sem que o governo perca o controle da empresa.“A idéia é que o governo abra o capital da Infraero, mas que mantenha o controle da empresa. Seria transferido para a iniciativa privada entre 40% a 49% do capital da Infraero. Mas para fazer isto, nós precisaremos reestruturar a empresa.”“É necessária para que ela [Infraero] possa responder a sua obrigação de garantir uma infra-estrutura aeroportuária compatível com o crescimento da demanda do país”, afirmou.Sobre a situação do transporte aéreo, o ministro Nelson Jobim garantiu que o governo federal já retomou o controle da situação.“O nosso compromisso inicial ao assumirmos o Ministério da Defesa era o de retomar o controle do sistema aéreo e dar segurança aos usuários. Nós já conseguimos retomar o controle do sistema que estava sob uma certa desordem no que diz respeito à sua organização - principalmente na aviação comercial”.“Essa segurança nós retomamos e a temperatura baixou em relação a isso. Agora estamos caminhando, paralelamente, para dar conforto ao passageiro - regularidade e pontualidade. E isto nós estamos conseguindo”, afirmou.Jobim admitiu, porém, que ainda há problemas na infra-estrutura aeroportuária do país, que está “aquém” da demanda. “Nós temos saturações nos terminais de São Paulo e ociosidade no Tom Jobim. E nós temos que procurar alterar este quadro através da recomposição de tarifas, tentando direcionar o roteiro dos vôos, que não podem ser impostos - uma vez que no atual sistema quem desenha a sua malha aérea é a própria empresa” esclareceu.