Ministro diz que apoio político não compromete nomeações do setor elétrico

06/03/2008 - 19h53

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao anunciar hoje (6) o nome dos novos diretores da Eletrobrás e Eletronorte, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou que tenha ocorrido “loteamento” de cargos nas estatais pelo PMDB, mas reconheceu a influência de fatores políticos nas nomeações. “Essa é uma diretoria eminentemente técnica, ainda que apoiada por políticos”, afirmou Lobão em relação ao novo comando da Eletrobrás. “É natural indicar-se ministro de estado e diretores de estatais a pedidos de políticos. O que precisa ter é a preocupação de selecionar os melhores, e isso nós sempre tivemos”, acrescentou. O ministro comentou a existência de denúncias de envolvimento em irregularidades no serviço público em relação ao engenheiro eletricista José Antônio Muniz Lopes, ex-presidente da Eletronorte, indicado agora para a presidência da Eletrobrás: “Havia um processo em andamento no Tribunal de Contas da União [referente à atuação de Muniz em licitação no norte do país], julgado ontem. Ele [Muniz] foi absolvido por unanimidade, deixando-o habilitado para o exercício da função.”Lobão também informou que o presidente do Departamento de Trânsito do Estado do Pará, Lívio de Assis, convidado a assumir a Eletronorte, apresentou certidões demonstrando inocência quanto a acusações existentes contra ele. “Praticamente todo brasileiro que exerce funções públicas relevantes acaba tendo alegações contra si, mas eles [Muniz e Lívio] estão em perfeitas condições de exercerem as funções para as quais foram nomeados”, declarou.