Representante de coordenadoria de pessoas com deficiência elogia debate no STF

05/03/2008 - 17h38

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A representante da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (Corde/SEDH), Izabel Souto Maior, elogiou o fato de que até o momento os debates ocorridos no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da liberação do uso de células-tronco embrionárias não estão fazendo um contraponto entre ciência e religião.Segundo Izabel, isso facilita o entendimento da corte e mostra o amadurecimento dos argumentos. “Foram colocadas as questões da vida, e a vida, sem dúvida nenhuma, é daqueles que já estão com a vida garantida, ou então podem perdê-la se o Brasil não avançar no sentido da ciência”, disse Izabel, no intervalo do julgamento.Também chamou a atenção de Izabel o argumento de que o Estado brasileiro não terá como garantir a possível vida de embriões congelados, em especial aqueles que estão descritos na Lei de Biossegurança, que são os embriões inviáveis.“Não há o que garantir em relação à vida daquele que não poderá ter vida, nem mesmo se a tentativa de implante uterino for feita”, argumentou.A expectativa de Izabel é de que todo Artigo 5º da Lei de Biossegurança, que autoriza o uso de células-tronco de embriões para pesquisa, seja mantido na Lei de Biossegurança conforme o aprovado pelo Congresso Nacional. Neste momento, o relator da Adin, ministro Carlos Ayres Britto, lê o seu voto.