Plano para mulheres precisa de recursos e de colaboração, afirmam ativistas

05/03/2008 - 20h41

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O lançamento hoje (5) do novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres deu início às cobranças das entidades feministas com relação à aplicação de recursos e compromissos do Poder Público. A secretária executiva do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Guacira de Oliveira, disse que o desafio do plano nacional é “tornar-se também municipal e estadual”. “Por que não é possível realizar as medidas que estão previstas se não houver aplicação de recursos nos municípios e estados, se não houver estrutura nos municípios e estados, se não houver compromisso do Judiciário e do Legislativo”, completou. A coordenadora da Rede de Direitos Humanos (Redeh) e integrante do Conselho Nacional de Políticas para as Mulheres, Schuma Schumacher, lembrou a necessidade de um orçamento maior para a aplicação das 394 ações previstas no plano. “Eu acho que a sociedade civil fez o seu papel de cobrar o que é preciso, além de vontade política, recursos e o envolvimento dos ministérios”. Schuma Schumacher disse sair “esperançosa” do evento de lançamento do plano.A expectativa, entretanto, não foi compartilhada por todas as presentes. A deputada Luciana Genro (P-SOL-RS) se disse “descrente”. “A gente já viu muitos planos serem apresentados para fazer propaganda e marketing e, na prática, eles não se realizam”, declarou. Luciana entregou ao presidente Lula reivindicações da Via Campesina sobre a compra ilegal de terras na fronteira do Rio Grande do Sul.