Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Por causa das dificuldades em ouvir as vítimas que sobreviveram à queda do helicóptero que prestava serviço à Petrobras, na semana passada, o delegado que preside o inquérito que apura as causas do acidente, Daniel Bandeira, vai pedir ao Ministério Público que amplie o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito sobre o acidente, que deixou quatro mortos e um desaparecido.Titular da delegacia de Macaé, município do Rio de Janeiro onde fica a base operacional da Petrobras na Bacia de Campos, Bandeira diz que os trabalhos de investigação ainda estão no início, mas ele precisa de mais tempo porque muitas vítimas ainda estão se recuperando dos ferimentos provocados pelo pouso forçado da aeronave na Bacia de Campos.Somente após o delegado ouvir todos os sobreviventes e obter o relatório da perícia da Aeronáutica com as causas do acidente, será possível chegar a uma conclusão sobre o caso. “É certo que, em 30 dias, não conseguiremos concluir o inquérito e é certo também que enviaremos pedido ao Ministério Público pela dilatação do prazo estipulado inicialmente”, afirmou Daniel Bandeira.Segundo o delegado, o depoimento do co-piloto da aeronave só ocorrerá no final do mês porque a vítima mora em Campinas (SP) e está imobilizada por fraturas nas costelas e na vértebra cervical.O acidente com o helicóptero da BHS, empresa que transportava os funcionários, aconteceu no último dia 26. A aeronave, um Super Puma L2, estava com 20 pessoas e teve de fazer um pouso forçado logo após decolar da plataforma P-18, no campo de Marlim, em direção a Macaé.O piloto Paulo Roberto Veloso Calmon ainda está desaparecido. Hoje, em Quissamã, também no litoral norte do estado, foi localizado o corpo de um homem já em adiantado estado de decomposição, mas o exame da arcada dentária descartou que o corpo seja de Calmon.Ainda hoje (5), o delegado Daniel Bandeira vai ouvir funcionários da Petrobras e da BHS sobre o acidente.