Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Técnicosda União Européia irão visitar, por amostragem,um grupo de fazendas incluídas nas 106 propriedadesconsideradas aptas a exportar carne para o bloco. Eles vãoverificar se as informações dadas pelo governobrasileiro nos relatórios de auditoria correspondem àrealidade. “No papel, está tudo certo. Agora tem uma inspeçãoque está aí, que vai visitar algumas dessas 106 fazendaspara verificar se está tudo conforme as auditorias”, disse ochefe da delegação européia noBrasil, embaixador João Pacheco.
Segundo ele, a liberação de mais fazendas depende do trabalhode auditoria do governo brasileiro. “Depende do governo brasileiro,tem que fazer mais auditorias e enviar-nos. Quando vai fazer, e a queritmo vai fazer, isso depende inteiramente do governo brasileiro.”
Pacheco informou que as exigências de rastreabilidade de 90 dias dosanimais foram mantidas, assim como acontece com outros países, como Argentina e Uruguai. Ele disse que asexigências para a carne procedente de fazendas da UniãoEuropéia são ainda maiores: lá, os produtoresde gado devem ter a rastreabilidade do gado durante 20 anos.
Oembaixador acredita que o episódio não deve afetar asrelações entre o Brasil e os países da UniãoEuropéia. “Temos uma relação muitomais larga, em termos de parceria estratégica, em termoseconômicos e comerciais - é, de longe, muito mais importantedo que esses pequenos casos”, afirmou Pacheco. Segundo ele, casos como estesão comuns em relações comerciais entre ospaíses. AUnião Européia suspendeu a compra de carne do Brasil nodia 31 de janeiro, alegando insuficiência das garantiassanitárias e de qualidade dadas pelo país.