CPI dos Cartões Corporativos deve começar trabalhos em 15 dias

27/02/2008 - 18h36

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Definido o acordo quedividiu o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito(CPMI) que investigará o uso dos cartões corporativoscom a oposição, e escolhido o nome da senadora do PSDBMarisa Serrano (MS) para presidi-la, a expectativa, agora, éde que os trabalhos sejam iniciados em 15 dias.A senadora acredita queaté a semana que vem todos os partidos terão indicadoseus representantes para a composição da CPMI, quecontará com 12 senadores e 12 deputados. Os governistas têmmaioria na comissão. Mas a senadora Marisa Serrano consideraque há possibilidade de se realizar um trabalho consistente,que não resulte “em pizza”. “Eu não possopartir do pressuposto que nós vamos ter uma CPI com pessoasque já vão pra lá predispostas para que ostrabalhos não caminhem”, disse.Pessoalmente, asenadora defende que as investigações comecem a partirdas denúncias já apresentadas contra servidores eautoridades do governo federal que usaram o cartãoindevidamente. Ele quer, entretanto, se reunir com o relator dacomissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), paraestabelecer uma agenda de trabalho para o mês de março.“Não vou darqualquer linha de atuação sem antes conversar com orelator”, afirmou.Já o líderdo PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), defende que acomissão inicie os seus trabalhos pela convocaçãodos ministros “claramente arrolados” nas denúncias e porum pedido de abertura de gastos de todos os cartõescorporativos, inclusive os da Presidência da República.Arthur Virgílio será um dos representantes do PSDB naCPMI.O líder do PSDBno Senado, Renato Casagrande (ES) diverge do líder tucanoquanto ao início do processo de investigação.Para ele, o trabalho deve começar pela análise dosdocumentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunalde Contas da União (TCU) sobre a utilização doscartões corporativos. “Essas informaçõessão fundamentais para que possamos, na CPMI, ouvir as pessoasque poderão contribuir com as informações pelouso inadequado dos cartões”, disse. O líder do PSBno Senado, Renato Casagrande (ES), disse que “o limite deinvestigação” da comissão será definidocom o andamento dos trabalhos. “Não tem umlimite definido. Acho que no decorrer do processo de investigaçãopode-se estabelecer um limite de trabalho para que não setransforme esta CPMI numa CPI do Fim do Mundo, como foi a CPI dosBingos”.