Ao comentar quadro econômico do Brasil, Lula diz que um pouco de sorte não faz mal

27/02/2008 - 16h32

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva disse hoje (27), ao comentar o quadro econômico do Brasil, que passou de devedor para credor internacional, que “umpouco de sorte não faz mal a ninguém”. Rejeitou, no entanto,críticas de que só aproveita quando a situaçãointernacional é favorável."Tem gente que dizque só aproveitamos uma situação internacionalfavorável. Mas o fato é que no passado a economiamundial também viveu bons momentos e nem por isso o Brasil foibem. Outros dizem que tudo foi sorte. De minha parte, acho que umpouco de sorte não faz mal para ninguém. Deus melivre de ser pé frio como muitos foram nesse país".A declaraçãodo presidente foi feita no discurso para o empresariado brasileiroque esteve no Palácio do Planalto para conhecer a proposta dereforma tributária.Na segunda-feira (25) otexto foi apresentado aos representantes das centrais sindicais, eamanhã (28) será apresentada formalmente ao CongressoNacional. O presidente pediu aosempresários que transformem o emprenho em torno da aprovaçãoda reforma em uma profissão de fé. "Vamos fazerdessa proposta uma profissão de fé, e vamos para dentrodo Congresso conversar com deputados e senadores". O presidente disse queé preciso que os parlamentares entendam que quem vai ganharcom a reforma será o país. "Não é ogoverno, não é o Guido Mantega, que não écandidato a nada, não é o presidente Lula, que tambémnão é candidato a nada, quem vai ganhar com isso éuma coisa maior chamada Brasil". Lula afirmou que essenão é o momento de discutir "picuinhas", massim os temas de interesse para a população. "Ninguémestá querendo discutir as picuinhas desse país. Issopode interessar a alguém que estápensando apenas na próxima eleição, mas nãointeressa a nenhum brasileiro que quer ver esse país setransformar em uma nação respeitada".