Acordo entre governo e oposição para dividir comando de CPI não agrada o PT

27/02/2008 - 19h05

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O acordo firmado hoje(27) entre a base do governo e a oposição para adivisão dos dois cargos mais importantes - presidência erelatoria - da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito(CPMI) dos Cartões Corporativos deixou a bancada do PT naCâmara inconformada. Na tentativa de resolver o impasse, estámarcada para ainda esta noite uma reunião para avaliar a novasituação e tomar uma posição.O líder do PT,deputado Maurício Rands (PE), defende que a melhor soluçãoseria a do respeito à regra da proporcionalidade, onde oscargos de presidente e de relator da comissão ficariam com osdois maiores partidos, no caso o PMDB e o PT. "O melhor para obom andamento dos trabalhos é que se respeite o tamanho dasbancadas, até para não se ter uma investigaçãoacidentada, como foi por exemplo no último caso em que houvepresidência de um lado e relatoria de outro, que foi na CPI doBanestado, onde todos os passos da investigaçãoeram controversos e motivos de grandes disputas", disse.Rands reconheceu que asituação no Senado é diferente, onde as maioresbancadas são o PMDB e o DEM, mas refirmou que o PT continuacom sua posição. “Temos que ter também uma compreensão docenário que existe no Senado, mas a nossa posiçãoé de que o melhor caminho é não abrir umprecedente".O líderconsiderou natural que a bancada tenha interpretaçõesdiferentes, "mas nada que nós, com o diálogo dasdiscussões, que sempre existe, não cheguemos composição unitária". "A composiçãode uma CPI é também uma decisão política.Vamos continuar dialogando com as lideranças tanto na Câmaracomo no Senado".O líder petistaque já anunciou na apresentação do requerimentopara criação da CPMI o nome do deputado Luiz Sérgio(RJ)para relator e outros três para compor a CPMI, disse que agorao partido vai avaliar a situação para tomar uma posiçãose mantém ou não os nomes já indicados.