Política de enfrentamento e combate ao crime organizado vai continuar, afirma Cabral

25/02/2008 - 16h41

Fabíola Ortiz
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (25) que a política de combate à criminalidade e de enfrentamento ao tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro vai continuar. Ainda segundo Sérgio Cabral, também será reforçado o combate às milícias - grupos paramilitares que atuam em favelas, cobrando taxas de moradores e comerciantes e explorando serviços como o de TV a cabo clandestina.Na madrugada deste domingo (24), cerca de 30 traficantes armados invadiram a favela da Palmeirinha em Guadalupe, zona norte, controlada por uma milícia, e seqüestraram um casal.A invasão ocorreu três dias depois que policiais da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco) realizaram operação para combater a ação da milícia na favela e prenderam cinco pessoas suspeitas de envolvimento com o grupo.“Milícia é marginal exatamente como traficante, ocupam um território que o Estado abandonou, infelizmente, há muitos anos em muitas comunidades. Da mesma maneira que não chegou hospital e escola, não chegou a segurança. Ou o tráfico ocupa, ou a milícia ocupa. É uma luta gradual contra a marginalidade, seja ela miliciana ou de traficantes. É uma luta dura, complexa, difícil, são anos e anos que essas organizações criminosas se estruturaram em locais do Rio de Janeiro. Nós estamos enfrentando isso”, afirmou Cabral.O governador também falou sobre a prisão do acusado de chefiar o tráfico de drogas no Morro da Mangueira, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, no último sábado (23) em Aracaju (SE). O traficante foi preso em uma operação conjunta das polícias Civil e Federal, depois de dois meses de investigações. “Com a prisão desse traficante, continua a nossa política de combate à marginalidade. Evidentemente que nós não vamos tolerar que a polícia seja rechaçada por criminosos em qualquer localidade do Rio de Janeiro”, disse.Segundo Cabral, o governo do estado vai manter a política de investigação e de inteligência policial, para desarticular o crime.