Plano do governo na Amazônia é tornar o desmatamento atividade antieconômica

25/02/2008 - 20h46

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Justiça,Tarso Genro, afirmou hoje (25) que a operação decombate ao desmatamento na Amazônia terá efeitosimediatos sobre a derrubada da floresta. “A diminuição[do desmatamento]começa imediatamente, porque lá, de certa forma, haviaum vácuo da presença do Estado”.O ministro admitiu,porém, que a redução da atividade de extraçãode madeira ilegal é sempre lenta. “Lastimavelmente isso éuma atividade econômica que se comunica com determinadanecessidade de sobrevivência da população daregião”, disse, acrescentando que o governo do estado deve desenvolver políticas públicas que ofereçam umasaída para a população. Genro garantiu que aPolícia Federal vai permanecer na área, e que o governotem um plano de estabelecer naquela região dez ou 12 postospermanentes da Polícia Federal para estrangular as vias detransporte da madeira colhida ilegalmente. A intençãodo governo, segundo o ministro, é que a ação daPolícia Federal torne o desmatamento uma atividadeantieconômica. “Não adianta eles abaterem porque nãovão poder transportar. Nós estamos presentes naquelespontos-chave, através dos quais as madeiras passariam para suacomercialização”, afirmou.O ministro disse queespera implantar os primeiros postos da PF na Amazônia paracoibir a ação das madeireiras ilegais ainda este ano.Genro disse que os postos irão combinar uma açãopermanente, articulada com os fiscais do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e senecessário com cobertura da Polícia RodoviáriaFederal e da Força Nacional de Segurança. “Serão postosbem equipados, com capacidade de intervir fortemente na região.E sob o comando da Polícia Federal, que é a políciada União destinada a coibir esse tipo de delito”.