Operação para combater desmatamento deverá ter mais de mil agentes

25/02/2008 - 17h17

Paula Laboissière e Juliana Cézar Nunes
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Diversos órgãos do governo federal iniciaram a Operação Arco de Fogo, que tem como objetivopatrulhar a Amazônia e deter o desmatamento na região. O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, estima em mais de mil o número de agentes na força-tarefa, que começará efetivamente as ações amanhã (26), por Tailândia (PA), cidade onde madeireiros organizaram manifestações contra o combate ao desmatamento. O Operação Arco de Fogo terá ainda a participação do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da SecretariaNacional de Segurança Pública (Senasp), do Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Rodoviária Federal. Segundo a Polícia Federal, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa disponibilizou 200 policiais do estadopara apoiar a operação. “Passa de mil homens, com certeza, o projeto na sua totalidade. Mashoje estamos com um esforço concentrado em razão daqueles eventosocorrido em Tailândia. Tem lá em torno de 150 homens da Força Nacional,uns 300 agentes federais e mais a força local e mais a participação doIbama na região. Uma vez instalados, começaesse processo em parceira com o Ibama de fiscalização das serrarias”, explica o diretor-geral da Polícia Federal.“A expectativa é o enfrentamento constante, ou seja, vamos fazer esse pronto-atendimento agora, mas contrariando o que muitos pensam, o fato novo é a permanência, e não uma operação episódica. Esse é o diferencial. O que combater, isso está na rotina da PF. O diferencial foi construir um planejamento que permitisse uma permanência mais prolongada naquela região.”Segundo Luiz Fernando Corrêa, a fiscalização começará pelas serrarias e depois será direcionada às ações de combate ao  transporte e corte ilegal de madeira. "Comcerteza vamos ter capacidade de enfrentar e apoiar as forças estaduais emoutras criminalidades que decorrem dessa atividade nessas localidades.”A Polícia Federal já estuda a destinação que será dada à madeira apreendida. Uma das possibilidades em avaliação é a realização de leilões. Os recursos arrecadados seriam revertidos para o financiamento das ações de combate ao desmatamento.“As madeireiras que trabalharem dentro da legalidade estarão até maisconfortáveis depois da operação, porque terão segurança e a certeza de que nãoestá havendo nenhuma concorrência desleal ao seu trabalho”, prevê o diretor-geral da Polícia Federal.“Vamos enfrentar o desmatamento e toda a criminalidade correlata à isso. Issopode refletir até na criminalidade mais comum possível, como fraude, corrupção,e aí ninguém está livre, instituição nenhuma.”