Ministério apóia curso em universidade no Rio para capacitar cuidadores de idosos

25/02/2008 - 18h16

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O fato de a população idosa ser a que mais cresce no país e não haver profissionais em número suficiente para lidar com essas pessoas levou a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a  realizar o 1º Curso de Capacitação Profissional para Cuidadores de Idosos, com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego.

Presente à aula inaugural da primeira turma do curso, realizada hoje (25), o ministro Carlos Lupi demonstrou a intenção de firmar novos convênios com a universidade e disse que o curso "será o primeiro de muitos que nós queremos  fazer para abrir a possibilidade de emprego para a terceira idade”.

O ministro afirmou que considera estratégico o curso, com duração de seis meses, diante dos "cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 60 anos de idade – um percentual alto desses tem problemas que necessitam de acompanhamento". 

O diretor da Unati, Renato Veras, informou à Agência Brasil que o projeto identificou dez comunidades carentes na capital fluminense e selecionou 30 pessoas em cada uma delas. “Ou seja, são 300 pessoas nesse primeiro curso. E no segundo , que começará em dois meses, serão mais 300 pessoas de mais dez comunidades”.

As aulas, segundo Veras, são dadas por alunos do último ano da Faculdade de Medicina da Uerj, com base em um livro especialmente elaborado pela Unati para essa finalidade. “Para essas pessoas simples, humildes, estamos levando um instrumental novo que possibilitará a geração de renda e emprego, já que existe uma grande carência hoje, no mercado de trabalho, de pessoas qualificadas para lidar com o idoso”, disse.

Veras acrescentou que 90% das pessoas que cuidam de idosos são mulheres: “O curso é para todos, mas na prática há uma predominância de mulheres que querem aprender a arte de cuidar e trabalhar com os idosos.”

O apoio do Ministério do Trabalho e Emprego se dá por meio da Fundação Banco do Brasil, que investe cerca de R$ 420 mil no projeto. Os futuros cuidadores recebem instrução e treinamento, em aulas práticas, e após avaliação técnica ganharão o certificado de qualificação.