Governador diz que Alagoas não vai pedir de volta policiais que estão na Força Nacional

25/02/2008 - 20h17

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, negou hoje (25) que o governo do estado pensa em pedir de volta os 40 policiais militares alagoanos que estão no Rio de Janeiro à disposição da Força Nacional de Segurança.Na semana passada, a Secretaria de Defesa Social do estado informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que diante da negativa do Ministério da Justiça em enviar a Força Nacional para o estado o governo poderia pedir os homens de volta."Alagoas participa e vai continuar participando independentemente de qualquer decisão do governo em relação à Força Nacional, porque ela tem um papel muito importante para fazer essas ações. Quem falou isso não estava autorizado ou se equivocou profundamente”, disse o governador.Teotônio também afirmou ainda ter esperanças de que o governo federal envie as tropas para o estado. Segundo ele, não houve uma negativa do Ministério da Justiça. “O ministro [da Justiça, Tarso Genro] me disse que não houve negativa. Ele apenas está com dificuldade para recrutar as tropas de elite para enviar para Alagoas. Mas é uma questão de tempo, precisamos muito e não abrimos mão da presença da Força Nacional”, assegurou Teotônio.A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou hoje que o governo federal enviou uma resposta ao estado, baseada em uma análise técnica da Secretaria Nacional de Segurança Pública, negando o envio da Força Nacional para Alagoas.Segundo a assessoria, o governo estadual havia pedido a presença das tropas por causa da greve dos policiais civis, que já dura mais de seis meses. Na semana passada, o ministro Tarso Genro disse que os bombeiros e policiais militares que compõem a Força Nacional não têm como cumprir o papel dos policiais civis.Hoje o governador rebateu, afirmando que o pedido não foi feito para que a Força Nacional substitua a Polícia Civil, mas sim, para garantir a segurança no estado, que, segundo ele, apresenta índices altos de violência como o Rio, que conta com o apoio da Força.“A tropa não vai substituir nada, eu pretendo que a Polícia Civil volte ao trabalho esta semana. Estamos negociando. Mesmo assim, vamos precisar da Força Nacional. O ministério já disse que manda, está apenas fazendo um recrutamento, está com dificuldade, mas vai mandar o quanto antes”, disse o governador.O governo alagoano solicitou o envio de 300 agentes da Força Nacional e de dois helicópteros para reforçar a segurança pública estadual, por causa da greve dos policias civis. O Ministério da Justiça informou que um dos helicópteros será doado ao estado.