Apex-Brasil e Unica assinam convênio para promover etanol de cana no exterior

25/02/2008 - 17h02

Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Um convênio parapromover o etanol de cana-de-açúcar brasileiro noexterior foi assinado hoje (25) entre a AgênciaBrasileira de Promoção de Exportações eInvestimentos (Apex-Brasil) e a União da Indústria deCana-de-Açúcar (Unica). Serão usados R$ 16,5milhões em ações para trabalhar a imagem doetanol no exterior como energia limpa e renovável. Cadaentidade entrará com 50% dos recursos. O convênioconsiste em ações de inteligência comercial, comestudos regulatórios e de mercados-alvo, de promoçãocomercial e de imagem nos principais formadores de opiniãomundial, como meios de comunicação, tradings,investidores, importadores, ONGs e consumidores.De acordo com opresidente da Unica, Marcos Jank, nos últimos seis meses cercade 50 comitivas de países estrangeiros visitaram a entidadepara conhecer melhor o etanol brasileiro. Ele defende que o Brasilprecisa se fortalecer no mercado, já que o etanol évisto como grande negócio no mundo. O empresário citoucomo mercados-alvo a América do Norte, a Europa e a Ásia.“Amédio e longo prazos, os grandes mercados serão osmercados asiáticos, porque é lá que vai crescero consumo de combustíveis nos próximos anos”,disse.O presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, disse queo Brasil precisa explorar as diferenças que há entre oetanol brasileiro e os demais. “Existe uma diferença enormeno balanço energético, em relação àprodução, ao custo, à qualidade do etanolbrasileiro em relação ao da União Européiae dos americanos”.O ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Miguel Jorge, presente na assinatura doconvênio, disse que o país tem a oportunidade para seestabelecer como líder em todos os processos sobre combustívelrenovável. Ele disse que o governo está tomando medidasem relação as questões ambientais.“Ogoverno está tomando e tomará medidas muito severaspara que nós possamos coibir esse processo de desmatamento ede agressão ao meio ambiente na Amazônia e issocertamente enfraquece, se deixarmos que ocorra, a posiçãodo Brasil nos fóruns internacionais”, disse.