Aécio diz que país precisa de reforma tributária e que oposição não deve combatê-la

25/02/2008 - 16h05

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador de MinasGerais, Aécio Neves, disse hoje (25) que a proposta de reformatributária, a ser enviada ao Congresso esta semana, nãodeve ser combatida pela oposição só por ser deautoria do governo. Ele participou de um almoço com o ministroda Fazenda, Guido Mantega, no ministério.

"Acho que ela deve sercorrigida. Certamente melhorada”, comentou. “Mas deve ser vistacomo a reforma necessária ao país e portanto ela contacom o meu apoio. Não falo pelo PSDB, mas a todos que me ouviremeu mostrarei que ela traz avanços.”

O governador afirmou que sai doencontro com a visão "muito positiva" em relaçãoao que ouviu do ministro Mantega sobre a reforma, o que, segundo ele,aumentou a expectativa de mudanças rápidas nasimplificação da cobrança de impostos no país.

Segundo Aécio Neves, ogoverno sinalizou com a inclusão das regiões dos Valesdo Jequitinhonha e Mucuri e do norte de Minas, atendidas pelaSuperintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), noFundo de Desenvolvimento Regional, previsto na reforma tributáriapara atender os estados das Regiões Norte, Nordeste eCentro-Oeste.

O governador afirmou ainda, aodeixar o encontro, que o ministro Guido Mantega prometeu apoiar atéo final de março o governo de Minas Gerais no acordo paraviabilizar um empréstimo de US$ 1 bilhão do BancoMundial para o estado. Segundo o governador, os recursos, seliberados, servirão como modelo de desenvolvimento para aAmérica Latina.

"É um grande modelo degestão a ser seguido, em que não tem contrapartidafinanceira. A grande contrapartida que o estado de Minas darásão as metas: queda na mortalidade infantil, queda nosindicadores de segurança e melhoria na qualidade de educaçãocom parâmetros pactuados entre o banco e o estado",informou. Aécio informou que apresentará a proposta emWashington, nos Estados Unidos, em abril. A assessoria deimprensa do ministério não quis se pronunciar sobre osdois assuntos.

Antes da reunião, Aéciodisse que só quando há vontade política clara dogoverno as mudanças podem "caminhar" no CongressoNacional. "Mais do que o envio claro da proposta, a disposiçãodo governo, inclusive de tomar posições claras, éenfrentar contenciosos entre regiões, que certamenteocorrerão", enfatizou, com relação àreforma tributária.

Para o governador, o fato de setratar de um ano com eleições torna difícil umamodificação nos impostos, inclusive os municipais. Eletambém criticou a discussão sobre a sucessãopresidencial no momento porque. Segundo avaliou, a antecipaçãodo tema no início de 2008, quando o processo sóocorrerá em 2010, é um "desserviço aopaís".