Saída de Fidel pode favorecer regime democrático em Cuba, diz Alencar

19/02/2008 - 16h06

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou que a saída de Fidel Castro da Presidência de Cuba é o fim de um tempo e pode abrir oportunidades para que o regime democrático prevaleça no país. Fidel anunciou sua renúncia ao poder em artigo publicado hoje (19) no jornal Granma, do Partido Comunista cubano."Eu acredito que é isso que todos desejam, e o que nós desejamos também é que qualquer decisão que seja tomada naquele país seja para o desenvolvimento econômico como meio para que lá também se alcancem os objetivos sociais", afirmou Alencar, ao deixar, há pouco, do prédio da Vice-Presidência. Alencar disse ainda que torce para que o tratamento médico de Fidel Castro seja bem sucedido e ele recupera a saúde. Fidel afastou-se da presidência em julho de 2006, por causa de problemas intestinais, e foi substituído pelo irmão, Raúl Castro, que ocupva o cargo interinamente.Questionado sobre a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar o uso de cartões corporativos, o vice-presidente disse que sempre foi a favor de investigações rigorosas. "É claro que nós desejamos que haja investigação rigorosa também em relação aos cartões. É preciso que o homem público esteja absolutamente consciente de que os recursos têm que ser preservados dentro da lei, porque fora da lei não há salvação." Sobre o controle da CPMI por parlamentares aliados, Alencar afirmou que estão sendo seguidas as regras regimentais. "A instalação de CPI se faz com normas previamente estabelecidas. Então, a presidência e a relatoria são obviamente da maioria. A maioria é a maioria". Ele disse ainda que isso não significa interferir nas decisões, pois todos estarão representados e terão o direito de trazer as informações.