Integrantes do MST protestam contra a demora no assentamento de famílias no Paraná

19/02/2008 - 15h52

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que fecharam ontem (18) por quase dez horas a PR-158,no município de Chopinzinho, sudoeste do Paraná, continuam hoje (19)mobilizados em protesto contra a demora no assentamento de 60 famíliasque estão em acampamentos provisórios em Rio Bonito do Iguaçu, a cerca de 380 quilômetros de Curitiba (PR). Eles prometem voltar a impedir o trânsito em rodovias, caso não haja uma posição do governo sobre a situação das famílias. “Hojetemos uma série de audiências, inclusive com o Ministério Público. Senão tivermos uma posição em dois dias, voltaremos a fechar estradas daregião", garantiu Danilo Ferreira, da coordenação do MST.Segundo Ferreira, essas famílias possuem toda documentação fornecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que autoriza a ocupação noassentamento 10 de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu. “Entretanto, vivem emcondições precárias, na beira da estrada, porque nove famílias quemoram no assentamento impedem a entrada, o que está provocando um clima de tensão na região”, afirmou.O Incra confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o grupo de manifestantes -remanescente do Assentamento Celso Freire, onde vivem 900 famílias - foiescolhido para se instalar no assentamento 10 de Maio, no lugar dasfamílias que deixaram o local após acusação de extração ilegal demadeira. O instituto ainda afirmou que entrou com pedido de reintegração de posse da área, na Justiça Federal,em 2006, mas que até agora não há resposta.