Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Militar do Rio de Janeiro vai receber ajuda da Marinha para garantir a segurança nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que serão realizadas em favelas da cidade. Uma das principais intervenções vai acontecer no Complexo do Alemão.De acordo com o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, a Marinha irá emprestar 500 fuzis calibre 762 e mil carregadores. A manutenção e a reforma dos blindados da Polícia Militar também será feita pela Marinha. Beltrame disse que ainda falta formalizar a parceria, mas que os acordos já têm consentimento verbal.O secretário de segurança falou sobre o assunto durante a posse do novo responsável pelo Comando de Policiamento de Área, coronel Marcus Jardim, que ficará encarregado de planejar a segurança em todos os bairros do Rio de Janeiro.Beltrame aproveitou para reafirmar o plano do governo do estado de promover mudanças na estrutura da Polícia Militar. No fim de janeiro, um grupo de oficiais organizou uma passeata napraia de Ipanema, zona sul da cidade. A manifestação foi o estopim para a troca no Comando-Geral da Polícia Militar anunciada no dia 29 de janeiro. “As instituições passam, em sua história, por períodos de depuração e aperfeiçoamento. É preciso separar o joio do trigo. A Polícia Militar vive um momento de mudança. Para valorizá-la é preciso mexer em sua estrutura. Vamos formar uma polícia sintonizada com as demandas do século 21. A PM tem oficiais prontos para receber novas idéias. Vamos dar oportunidades para esses profissionais”, afirmou Beltrame em seu discurso, dizendo que outras mudanças serão anunciadas nos próximos dias.O novo responsável pelo policiamento da capital, coronel Marcus Jardim, disse que as ações no Complexo do Alemão serão feitas dentro de uma estratégia de inteligência, para minimizar as mortes.“Vamos batalhar para que a população de bem não permaneça refém desses marginais. As operações serão pontuais e objetivas, com planejamento e inteligência, para que a vitimização de pessoas civis seja bem menor do que já ocorreu.”