Comissão referenda autorizações na área de energia nuclear

11/02/2008 - 23h18

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ComissãoNacional de Energia Nuclear (Cnen) referendou cinco autorizaçõesconcedidas em 2007 pelo presidente da República para operaçãoinicial de unidades que trabalham em extração,concentração e enriquecimento de urânio.Resoluções nesse sentido foram publicadas hoje(12), no Diário Oficial da União. Em outraresolução, a Cnen referendou também oestabelecimento de cota extra para importação de graxasà base de lítio, definida pelo presidente Luiz InácioLula da Silva em novembro. Estão autorizados a operar a FCN –Reconversão e Pastilhas da Unidade de Resende (RJ) e a Unidadede Concentrado de Urânio, ambas das Indústrias Nuclearesdo Brasil S.A. (INB), sendo a última localizada em Caetité,Bahia; o Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI)e a primeira cascata da Planta de DemonstraçãoIndustrial para Enriquecimento de Urânio da Unidade deEnriquecimento de Urânio Almirante Álvaro Alberto,administrados pelo Centro Tecnológico da Marinha em SãoPaulo; e a unidade 2 da Central Nuclear Almirante ÁlvaroAlberto, de responsabilidade da Eletronuclear.O urânio éusado, no Brasil, para produção de energia elétrica,por meio das usinas de Angra 1 e 2. Juntas, as usinas nucleares sãoresponsáveis por 40% da geração de energia queabastece o estado do Rio de Janeiro. A jazida de Caetitéproduz atualmente 400 toneladas por ano de urânio. O processode enriquecimento é essencial para a produção deenergia, já que o minério na sua forma natural nãoé comercialmente viável para esse fim. Para produçãode energia elétrica, a concentração de urânioé aumentada de 3% a 5% no processo de enriquecimento domineral.As graxas de sabãode lítio são usadas como espessantes na fabricaçãode lubrificantes para rolamentos. Trata-se de um dos váriosprodutos minerais com importação controlada pela Cnen.Portaria da comissão estabeleceu em 1997 uma cota anual de 150mil quilos. Uma cota extra de 60 mil quilos foi autorizada paraatender a demanda interna até dezembro de 2007.