Licença não impediria Conselho de Ética de julgar Lobão Filho, diz Garibaldi

21/01/2008 - 19h40

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um eventual pedido de licença por parte de Edison Lobão Filho (DEM-MA), suplente e sucessor no Senado do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), não o eximiria de uma investigação no Conselho de Ética caso seja feito algum pedido de investigação para apurar as denúncias de sonegação à Receita Federal e de uso de "laranjas" na composição societária de distribuidoras de bebidas. A afirmação é do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)."A licença não é nenhum salvo conduto. É simplesmente um pedido para se afastar dos trabalhos do Senado por doença, por motivos particulares", disse Garibaldi. O Regimento Interno do Senado estabelece prazo de até 60 dias para o suplente assumir a vaga do titular. No caso da licença, ela pode ser requerida até o prazo máximo de 120 dias.Para o presidente do Senado, a decisão de Lobão Filho de se licenciar ocorrerá "dentro de uma circunstância que só cabe a ele avaliar". Acrescentou que a licença, como uma resposta às denúncias publicadas na imprensa, cabe exclusivamente ao suplente do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "Não posso antecipar nada", afirmou.Garibaldi também comentou sobre a pauta de votações do Senado a partir de fevereiro. Amanhã (22), ele começa a conversar com os líderes partidários para marcar uma reunião a fim de estabelecer o cronograma de trabalho da Casa.