Tarso defende Tuma Júnior e diz que suspeita de interferência política foi "impasse administrativo"

17/01/2008 - 15h33

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu hoje (17) o Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, e classificou de “impasse administrativo” a suspeita de ingerência política do secretário no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), levantada em reportagem da revista Veja publicada no último fim de semana.De acordo com a matéria, duas diretoras do DRCI pediram demissão por não concordarem com a atuação de Tuma Júnior. A revista acusa o secretário de interferir politicamente nas decisões do departamento. A gota d’água para asdemissões, de acordo com Veja, foi a decisão de Tuma Júnior derepassar o comando do laboratório de combate à lavagem de dinheiro,hoje coordenado pelo departamento, para a Polícia Federal.“O que houve, na minha opinião, foi um impasse administrativo de colegas que estavam trabalhando lá, pessoas responsáveis, sérias que não se adaptaram ao novo secretário”, disse Tarso. De acordo com o ministro, Tuma “está cumprindo bem seu papel”. “Não houve nenhuma postura do Tuma de mudar orientação técnica”, afirmou. “Não houve efetivamente denúncia contra Tuma nem suspeita”, completou.Tarso falou sobre assunto em entrevista à imprensa após participar da comemoração ao centenário da imigração japonesa no Brasil, no Palácio do Itamaraty.