Ano de 2007 foi importante para educação básica brasileira, diz secretária do MEC

18/01/2008 - 0h34

Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - Ainda que o número de estudantes matriculados na educação básica em 2007 tenha diminuído, o ano foi marcado por grandes conquistas, na avaliação da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.Segundo ela, o lançamento de programas como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) permitiu mostrar a situação do ensino básico.O PDE estabelece metas para todos os estados e municípios que aderiram ao programa. “Vinte e cinco estados aderiram ao programa [Minas Gerais e São Paulo, não]. Mais de 4,2 mil municípios também já se comprometeram com as diretrizes. Isso significa diminuir a evasão, garantir a alfabetização e [ter] regras claras para as eleições de diretores”. De acordo com a secretária, para melhorar os índices da Educação Básica é necessário discutir o currículo de ensino e ampliar, com qualidade, a formação de professores. Assim é possível aumentar a motivação da criança para estudar. “A escola tem que ser o lugar do sucesso, da aprendizagem, da garantia da inclusão e do respeito ao trabalho do professor”.Para formar mais professores, no ano passado, o governo federal lançou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que prevê aumento no repasse de verbas para as universidades em troca de abertura de mais vagas para estudantes.Neste ano, o MEC deve distribuir cerca de 20 mil bolsas para alunos de instituições federais de educação superior. As bolsas de R$ 300, segundo a secretária, é uma forma de estimular e preparar os alunos, de curso presencial de licenciatura, para atuar na educação básica.“É um ponte importante porque vai levar o aluno ao local onde ele vai atuar. Essa bolsa garante que o aluno desenvolva, por pelo menos seis meses e orientado por dois professores, um projeto de pesquisa dentre de uma escola básica”. Em abril, a Conferência de Educação Básica vai abordar a questão do piso salarial para os professores e também a formação do Sistema Nacional de Educação.