Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília (Brasil) - O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), vinculou qualquer possibilidade de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a uma iniciativa do Congresso Nacional que, no ano passado, rejeitou a prorrogação do tributo até 2011.Na semana passada, ao sair de uma reunião com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), defendeu a recriação da CPMF com alíquota de 0,20% para repasse integral ao setor da saúde."Se a oposição e a bancada governista escolherem esse caminho como solução definitiva para dotar a área de saúde com recursos adequados ao enfrentamento dos problemas que estão aí, não vejo como o governo recusar a proposta, desde que seja uma iniciativa no Congresso Nacional", afirmou Maranhão. O senador ressaltou que os ministros Paulo Bernardo e José Múcio Monteiro, de Relações Institucionais, têm afirmado que o governo não tomará tal iniciativa. De acordo com Maranhão, a proposta depende da vontade das bancadas de oposição. Ele lembrou que o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que considera "o algoz" da CPMF, acenou com a possibilidade de recriação do tributo um dia depois de sua rejeição no Senado.