Jobim recebe argentinos interessados na administração de aeroportos

16/01/2008 - 20h16

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se hoje (16) com representantes da empresa Aeropuertos Argentinos 2000. De acordo com o diretor comercial da empresa argentina, Alberto Caballero, na reunião foram discutidas “as definições que o governo brasileiro tem de tomar sobre o futuro do setor aéreo comercial”. Essas definições passariam pela abertura do capital da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e por concessões de aeroportos brasileiros a empresas privadas.Caballero informou que a empresa tem interesse em entrar no mercado brasileiro de administração aeroportuária: “Acreditamos ter vocação e conhecimento, e estamos justamente convidando as pessoas para ver em que temas podemos apontar soluções.” E que "temas específicos" ainda serão discutidos em reuniões futuras: “Temos que começar a conversar e na próxima semana começaremos a trabalhar com a Infraero para identificar os temas específicos."O ministro Nelson Jobim não falou com a imprensa sobre o assunto. Resolução do Conselho de Avião Civil (Conac) de julho do ano passado determina que o Plano Aeroviário Nacional “deverá estimular a construção, exploração e operação de aeródromos públicos pela iniciativa privada, observado o devido processo de homologação”.De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o governo ainda deve estudar formas de concessão de aeroportos brasileiros e planejar um modelo para o setor de aviação civil. Sobre a abertura do capital da Infraero, a informação é de que depende de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.A Infraero não confirmou a realização, a partir da próxima semana, de reuniões para trabalho conjunto com a Aeropuertos Argentinos 2000.A empresa é responsável pela administração de 32 aeroportos no país vizinho, entre eles o Ezeiza, em Buenos Aires. No último final de semana, uma greve de funcionários da empresa Aerolineas Argentinas causou atrasos, remarcações e cancelamentos de vôos, o que afetou outras companhias. De acordo com Alberto Caballero, a situação está normalizada desde a noite de domingo (13) e os atuais atrasos decorrem das remarcações de vôos.