Suspeita de febre amarela prejudica comércio de cidade histórica em Goiás

14/01/2008 - 20h32

Luciana Melo
Da Agência Brasil
Brasília - Os comerciantes da cidade histórica de Pirenópolis, em Goiás, onde o empresário Graco Abubakir supostamente contraiu a febre amarela que causou sua morte na terça-feira passada (8), têm reclamado da queda no movimento em período de férias. Segundo eles, cerca de R$ 700 mil deixaram de circular na cidade no último fim de semana, quando a maioria das reservas em hotéis foi cancelada. E as lojas que contrataram funcionários temporários – para suprir a demanda na temporada – foram obrigadas inclusive a demitir pessoal, por falta de compradores."Éramos nove pessoas para o atendimento na loja de roupas de banho e agora estamos só três. As temporárias foram demitidas porque não havia clientes que justificassem a presença delas", informou o comerciante José Inácio Nascimento, que disse ter investido cerca de R$ 50 mil no estabelecimento, para as férias deste ano. O movimento, segundo ele, está 80% menor que o do ano passado. Já o proprietário da pousada O Casarão, Sergio Rady, disse que a queda no número de hóspedes esperados chegou a 70%. E lamentou: “Nós sentimos falta de apoio do governo estadual, depois que o ministro da Saúde [José Gomes Temporão] infelizmente colocou Pirenópolis como foco da doença. Na verdade não é isso: até hoje não há caso de febre amarela constatado na cidade."