Thatiana Amaral
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O inspetor da Polícia Rodoviária Federal André Luiz deAzevedo alertou hoje (14) para o perigo de novos deslizamentos de terra na Rodovia Rio-Santos (BR-101) por causa das chuvas de verão, o que poderia levar à interdição total da pista. Na última sexta-feira (11), a pista foi parcialmente interditada no sentido Rio-Angra, devido a um deslizamento provocado pela instabilidade do terreno após a queda de umabarreira em dezembro, em que pedras rolaram para a estrada.“Além do risco de colisões e de acidentes graves, realmente se houver uma chuvatorrencial, típica desta época do ano, pode haver a obstrução total da pista.”Segundo Azevedo, o material quecompõe a encosta continua descendo em ritmo lento, mesmo sem as chuvas, e o fechamento da pista pode prejudicar o trânsito no local. “ Uma interrupçãodessa natureza em uma rodovia considerada estratégica seria para nós umasituação catastrófica muito mais grave, porque nos aproximamos do carnaval e aregião de Angra dos Reis é um pólo turístico”, acrescentou o inspetor. O superintendente do Departamento Nacional deInfra-Estrutura e Transporte do Rio de Janeiro, Rodrigo Costa, informou que uma comissão vai vistoriar a rodovia para dar início a obras emergenciais. Segundo ele, amanhã (15), uma comissão de Brasília vai fazer uma "vistoria minuciosa" em todaa rodovia para pegar os pontos prioritários para a realização das obrasnecessárias.Costa disse que o problema da iluminação na pista, muito criticado pelos motoristas que trafegam na BR-101, está sendo resolvido,no trecho que liga Santa Cruz a Itacuruçá, com a duplicação da via. Para otrecho que vai de Angra a Paraty, entretanto, ainda está sendo feita a licitação para oprojeto de restauração da pista.A Rio-Santos recebe um grande fluxo de motoristas no verão,já que dá acesso à região da Costa Verde que abarca os municípios de Angra doReis e Mangaratiba. A rodovia tem também posição estratégica, pois está inserida noPlano de Segurança Nacional para evacuação das usinas Angra 1 e Angra 1 emcaso de acidente nuclear.