Deborah Souza
Da Agência Brasil
Brasília - O Brasil pode reduzir os impactos dos bloqueios econômicos que os Estados Unidos e seus aliados impõem a Cuba. A visão é do professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e integrante do Núcleo de Assuntos Cubanos da UnB, Hélio Doyle.Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Doyle disse que é difícil conseguir quebrar o bloqueio econômico imposto a Cuba pelos Estados Unidos. Para ele, as restrições da política norte-americana a Cuba só vai acabar quando o regime cair. “Não basta que Fidel Castro caia ou morra, o sistema precisa cair. O bloqueio não é simplesmente dos EUA, refere-se também às empresas de capital americano, às empresas que exportam produtos americanos a outros países”, explicou o professor.De acordo com Doyle, durante muitos anos o Brasil não manteve relações com Cuba e completou que as ligações entre os dois países foram reatadas no governo Sarney, entre 1985 e 1990. Ele destacou que uma série de situações torna Cuba “muito peculiar”, como o fato de ser o único país socialista da América Latina, o que dificulta no relacionamento entre os países vizinhos. Mas, segundo o professor, o Brasil tem tido boas relações com Cuba desde o início do governo Lula.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue hoje (14) para Cuba, com a expectativa de se encontrar com Fidel Castro, que está fora da presidência por problemas de saúde. De acordo com o Palácio do Planalto, Lula anunciará investimentos e acordos bilaterais de cooperação.