Agência Bolivariana de Notícias
Caracas (Venezuela) - A ex-candidata àvice-presidência da Colômbia, Clara Rojas, disse ementrevista coletiva na Venezuela que precisa contar tudo o que viveuno cativeiro. Segundo ela, as condições de vida dosreféns são “degradantes”.“Realmente, se viveem condições degradantes para a dignidade humana”,disse . Clara Rojas afirmou quetentou fugir junto com a ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, mas foram recapturadas eacorrentadas. Ela se disse preocupada com o estado de saúde daex-candidata à presidência da Colômbia, “porqueela comia pouco”.Segundo Clara Rojas, asoperações militares que o governo colombianodesenvolvia na selva no final do ano, impediram o sucesso da operaçãode resgate dela e de Consuelo González.. “A presençamilitar na área [do resgate] foi o que impedia a operação. Nossa vida corria perigo”,afirmou.A ex-senadoracolombiana Consuelo González confirmou as afirmaçõesde Clara Rojas e disse que constantemente helicópterossobrevoavam área naqueles dias e que houve “uma importantepresença militar de um lado e de outro”.Consuelo Gonzálezdisse também que, por toda a experiência que viveu emseis anos de cativeiro, a solução para o conflitocolombiano passa pelo diálogo. Ela sustentou a opiniãode Chávez de que é necessária a união dosinteressados para se alcançar a paz.Depois de seis anos emcativeiro, as duas reféns das Forças ArmadasRevolucionárias da Colômbia (Farc), Clara Rojas eConsuelo González, foram libertadas ontem (10).Naquinta-feira (9), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez,informou que tinha recebido das Farc as coordenadas do local ondeestavam Rojas e González, na selva colombiana. Doishelicópteros do Venezuela com o símbolo da CruzVermelha foram até o lugar definido pelos guerrilheiros para oresgate.