Jobim vai discutir a partir de dezembro plano de segurança da América do Sul

15/11/2007 - 19h22

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em palestra na abertura da 4ª Conferência do Forte de Copacabana sobre SegurançaInternacional, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a partir de dezembro e durante todo o primeiro semestre de2008 fará uma série de visitas atodos os países da América do Sul para debater a formulação de umplano de segurança e defesa da região.O objetivo é "discutir posições da região quanto ao critério dadefesa e termos uma concepção de uma política de defesa que sejaintegratória, dentro da linha da integração necessária”. Oprimeiro país a ser visitado será o Chile.Segundo o ministro, cada vez mais aimportância dos estados nacionais depende de forma clara da importânciada região onde estão inseridos. “Não pensem que decisões internas sejampossíveis sem ter uma perspectiva regional. Essa é a concepção que nóstemos.”Para Jobim, as divergências regionais na América do Sul não impedem o entendimento no continente. O ministro destacou que o reaparelhamento das Forças Armadas nãosignificará fortalecer a capacidade do Estado para ser intervencionista,mas para produzir a paz internacional, em entendimento com outrasnações. “Essa é a lógica que nós estamos trabalhando. Quem não tem ForçasArmadas equipadas não tem condições de ser protagonista da produção daestabilidade da paz mundial."Na avaliação do presidente do Conselho de Ministros de Defesa da Europa e ministro da Defesa de Portugal, Nuno Severiano Teixeira,  o aparelhamentodas Forças Armadas que vem sendo buscado pelo governo do Brasil éconsiderado um processo indispensável para qualquer país. Segundo ele, esseprocesso ganha importância “porque[o Brasil] é protagonista global, para ter capacidade de poder assumir essepapel internacional. E naturalmente que suas Forças Armadas precisamdo seu equipamento para o exercício da soberania e também para produzirsegurança internacional no quadro das parcerias que podem vir adesenvolver com outros atores, como a União Européia, em prol daestabilidade e da paz internacional”.