Brasil caminha para consolidar recuperação no setor de aviação civil, afirma Jobim

15/11/2007 - 18h34

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil está caminhando para a consolidação do processo de recuperação da aviação civil, afirmou hoje (15) no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele disse que existem questões de médio e longo prazos, estas relativas à infra-estrutura aeroportuária, que necessitam ser solucionadas."Não é uma coisa que se resolve desde logo”, disse o ministro ao participar da abertura da 4ª Conferência do Forte de Copacabana sobreSegurança Internacional, no Rio de Janeiro.

No curto prazo, Jobim lembrou que o ministério acabou de resolver o problema de Guarulhos, com a entrega da pista que estava sendo recomposta, com 15 dias de antecedência.

O ministro destacou que hoje, primeiro dia do feriado prolongado, o tráfego aéreo está normal nos aeroportos. “Estamos conseguindo consolidar [o tráfego], em determinado nível de tranqüilidade, em termos de pontualidade e regularidade”.

Jobim reconheceu que existem problemas setoriais, decorrentes de dificuldades na malha aérea. Ele frisou que a troca da malha, que será efetuada no início de dezembro, começou a ser discutida há mais de 30 dias e esclareceu que essa malha não permanece estável  todo o tempo ou por todo o ano.

“Ela se ajusta conforme os picos em determinado momento. E agora vem uma malha aérea de pico, principalmente em áreas do Nordeste, áreas de férias. Por isso é que em todo o ano se altera e se ajusta a malha aérea à demanda setorizada e mais agressiva quando há problemas de zonas de praia.”

O ministro enfatizou que a malha aérea não está sendo mudada porque exista algo errado. “Está se ajustando a malha  aérea, como se faz todos os anos, para a demanda que haverá com a circulação e o fluxo no Brasil decorrentes dos meses de férias, inclusive com a vinda de [turistas] europeus para aproveitar o período de férias, principalmente no Norte e no Nordeste.”

Para Jobim, as providências tomadas até agora sinalizam que o problema será totalmente sanado. O ministro disse ver como uma perspectiva positiva as fusões que estão começando a ocorrer na área das empresas aéreas. “Essas fusões são importantes porque darão mais envergadura às pequenas empresas.”O ministro lembrou que já está definida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) uma série de investimentos nos aeroportos para adequar a infra-estrutura aeroportuária à demanda que “está se aguçando”. Ele citou um estudo que prevê  o crescimento da demanda aérea no Brasil, em função do crescimento da renda da população.

“E nós temos que projetar exatamente essa infra-estrutura para suportar essa demanda. Essa infra-estrutura tem que estar ajustada com o fluxo de demanda”.Nesse sentido, revelou que a situação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim também caminha para uma solução. “Estamos já definindo os investimentos no Terminal 1 do Galeão, que está péssimo, e pretendemos também agora, com a recomposição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), definir a questão dos estímulos para o uso do Galeão pela perspectiva do uso da  tarifa  aeroportuária.”