Jobim diz que governo quer estimular fusões de empresas no setor aéreo

15/11/2007 - 19h32

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo brasileiro está decidido a estimular as fusões de empresas do setor de aviação civil, disse hoje (15) o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele citou o caso da BRA, que deixou de voar e as passagens já vendidas pela companhia estão sendo honradas pela OceanAir, atendendo a apelo do próprio governo.O ministro explicou que o trabalho foi estimulado pelo ministério, “mas não no sentido de ingressarmos com algum aporte [de recursos],  mas de conversarmos com os presidentes de ambas as empresas para induzi-los a resolver o problema”.

Nelson Jobim enfatizou que o Brasil precisa consolidar um mercado mais competitivo dentro do setor aéreo. Lembrou que o Congresso Nacional está discutindo a abertura para maior participação do capital estrangeiro nas empresas nacionais.

“Seria um aporte de capital de investidores estrangeiros em empresas nacionais que possam caminhar no setor. Fala-se em até 49% para o capital estrangeiro.”

Segundo Jobim, isso traria a possibilidade de injetar recursos novos no setor, que cresce “de forma rápida impressionante”. Ele destacou, por outro lado, a necessidade de que haja no país condições “desconcentratórias”.

"Não adianta pensar que você possa fazer um aeroporto em determinado lugar e pensar que as pessoas vão para lá. Não é assim”. A demanda, afirmou Jobim, se verifica com base em fatos regionais.

Como exemplo, ele citou o caso do Rio de Janeiro e disse que já comentou com o governador Sérgio Cabral Filho a necessidade de se estabelecer no estado uma política de atração turística.O ministro da Defesa se disse contrário à abertura  dos espaço aéreo brasileiros às empresas internacionais. “É difícil porque a abertura dos céus brasileiros pode levar à quebra das companhias  nacionais. Aí você vai ficar dependente exclusivamente de  decisões que não são tomadas em território nacional”. Jobim lembrou que as grandes potências mundiais, como os Estados Unidos, não admitem isso. “Isso é uma coisa perigosa, inclusive em termos de segurança nacional.”