Cristina Kirchner diz que combate à pobreza e ao desemprego será prioridade em seu governo

30/10/2007 - 21h47

Agência Telam

Buenos Aires - Em entrevista à rede de televisão argentina TN, a presidente eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, afirmou que “pobreza, desemprego, educação, saúde, o que está relacionado com melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, serão as prioridades.Cristina Fernández disse que “para que haja diálogo faz falta algo mais que um governo disposto, mas que os meios de comunicação tenham um discurso em acordo com a realidade e os empresários e sindicalistas devem participar para que haja acordos de consensos mínimos”.Sobre a segurança, Cristina Fernandez disse que não concebe o tema “com um plano diferente do que tem a ver com o modelo econômico vigente. Um plano de segurança com uma taxa de desemprego de dois dígitos, uma Argentina com desempregados é insegura por definição”.“É evidente que vai haver uma inclinação natural de quem não tem trabalho para entrar no mundo do crime. Portanto, a primeira questão é sustentar um modelo econômico e de desenvolvimento social que permita a mais gente ter trabalho mais bem remunerado”, indicou.Cristina disse ainda que o combate ao uso de drogas está vinculado à educação e à saúde. “A droga está em todos os setores e se torna um problema maior para quem tem menor poder aquisitivo, que, para conseguir a droga, entra para a criminalidade”, pontuou.Sobre o sistema de partidos políticos, a presidente eleita opinou que é possível dar um realinhamento dos partidos, mas sem que eles percam a identidade. “Vai haver um lento realinhamento. Houve uma diáspora do partido radical e a formação de vários partidos pessoais. Nós não renegamos a nossa identidade peronista, sempre me senti parte do peronismo. Eu não digo justicialista, eu digo peronista, uma experiência de história de gerações”, sublinhou.Ela também destacou que a Argentina já se situou novamente no contexto latino-americano. “Saímos de casa crendo que éramos sócios dos grandes, mas definitivamente alguém é sócio dos grandes não por declarações políticas, mas por volume econômico”. “Temos um papel a cumprir na América Latina, para ter mais identidade, mais complementaridade e, dessa maneira, nos relacionarmos com outros blocos”, finalizou.