Agencia Telam
Buenos Aires (Argentina) - A candidata da Frentepara a Vitória, Cristina Kirchner, destacou ao votar que,graças à continuidade democrática, os cidadãos"podem decidir em que país querem viver". Ela votounuma escola em Río Gallegos, na província de SantaCruz, na Patagônia. "Quando eu tinha 18 anos [durante a ditadura militar no país] nãopodia votar, então isso é muito importante”, comentouaos jornalistas. “Pela continuidade da democracia, algumas pessoasnão podem avaliar o que significa que cada cidadãopossa decidir em que país quer viver", disse, num brevecontato com a imprensa, depois de votar às 10h20. Asenadora recordou que fez parte de uma "geração emque ninguém podia decidir nada", e que por isso"valorizamos isto [poder votar] de uma maneira muitoespecial". E acrescentou: "este é um dia muitoespecial". Ela agradeceu aos jornalistas pelo "esforçopor comunicar à cidadania argentina", e pediu para nãofazer mais declarações políticas para respeitaras normas, que vetam a maior parte das formas de manifestaçãonas vésperas da eleição e no dia de votação.Ela, o presidente Néstor Kirchner (seu marido) e osfilhos seguiram para Buenos Aires, para acompanhar os resultados dadisputa presidencial. Catorze candidatosdisputam a Presidência da Argentina, mas Elisa Carrió e Roberto Lavagna são apontadoscomo únicasameaças em potencial à candidata do governo, respaldada por ampla vantagemapontada pelaspesquisas de intenção de voto. Das nove pesquisas divulgadas naúltima quinta-feira (25), último dia em que a lei opermitia, oito a apontaram como vencedora no primeiro turno. Cristinavence em turno único se obtiver 45% dos votos, ou 40% desde que abravantagem de pelo menos 10 pontos percentuais sobre o segundocolocado.