Observadores internacionais prevêem processo eleitoral “sem surpresas”

27/10/2007 - 16h57

Julio Cruz Neto
Enviado especial
Buenos Aires (Argentina) - O comitê deobservadores internacionais que está na Argentina paraacompanhar o processo eleitoral de amanhã (28) informou ontemque "aparentemente, não haverá surpresas",mas ponderou que não pode controlar o processo eleitoral,segundo a Agência Telam.O coordenador do grupo,Roberto Cuellar, afirmou: "Nós somos auxiliares noprocesso eleitoral e de maneira alguma podemos controlar a eleição.Essa tarefa é dos partidos políticos".Os partidos de oposiçãoestão se articulando para realizar uma contagem paralela devotos, de forma conjunta, que permita evitar possíveis fraudesem todo o território argentino. Mas conforme a AgênciaBrasil apurou, uma das cinco legendas que a princípiofaria parte do grupo – a Coalizão Cívica, dacandidata presidencial Elisa Carrió – prefere agir de formaindividual.Num comunicado, o grupode observadores internacionais afirmou: "Aparentemente, nãohaverá surpresas nas eleições gerais. Dequalquer forma, o panorama de participação eleitoralserá uma ocasião propícia para ajustar oscritérios de justiça e representação aofuturo da democracia".Há cerca de 80observadores de diversos países da América, sendo 30deles integrantes do Instituto Interamericano de Direitos Humanos(IIDH). Ontem, reuniram-se com o diretor nacional eleitoral,Alejandro Túlio. Hoje, têm reunião fechada paradecidir em que zonas eleitorais vão atuar.A candidata a deputadafederal Patrícia Bullrich, representando a CoalizãoCívica, participou do encontro com os observadores paratransmitir preocupações da frente de oposição."A princípio, nos interessa frisar que pedimosobservadores para esta eleição e que há certasjurisdições do conurbano [arredores de Buenos Aires]e das províncias [estados] do norte que podem terproblemas", declarou.