Secretário defende reorganização do atendimento para garantir assistência médica nos municípios

15/10/2007 - 10h01

Carolina Monteiro
Repórter da TV Nacional
Natal - A falta de um serviço médico de qualidade nos municípios lota os principais hospitais de Natal (RN). Segundo o secretário estadual de Saúde, Almaro Cavalcanti, o problema pode ser resolvido com uma reorganização do atendimento que garanta a atenção básica nos municípios.Para dar certo, ele defende, no entanto, mais investimentos e uma administração responsável dos recursos. "Os prefeitos têm que ter comprometimento. Primeiro, colocar na saúde os 15% da Emenda 29 [que fixa os percentuais mínimos que municípios, estados e União devem investir na área] e, segundo, o comprometimento de ter a unidade de saúde funcionando não só com equipamerntos, mas também com profissionais".De acordo com Cavalcanti, a iniciativa faria com que a população se sentisse segura para procurar atendimento básico nos postos de saúde de sua cidade, o que resolveria o problema da superlotação nos hospitais da capital.Mas não é só quem usa o Sistema Único de Saúde (SUS) que anda insatisfeito. Os profissionais do setor reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Hoje, um médico que cumpre 20 horas por semana em Natal tem um salário-base de R$ 1.050,00.O representante dos trabalhadores no Conselho de Saúde do Rio Grande do Norte, Valdo Teodósio, conta que há pouco tempo os trabalhadores da saúde conquistaram um plano de cargos e salários, mas não foi bem como eles esperavam, o que tem despertado manifestações. "A gente sabe que o trabalhador de saúde tem que ser bem tratado para ter estímulo e cuidar bem do usuário".A superlotação dos hospitais e o salário dos profissionais de saúde estão na pauta de discussão da 6ª Conferência Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, realizada em Natal. Até amanhã (16),  representantes dos 167 municípios do estado vão discutir como melhorar o SUS. As propostas serão levadas à 13ª Conferência Nacional de Saúde, marcada para novembro em Brasília.