Merenda escolar deve valorizar cultura local, diz presidente de associação

15/10/2007 - 18h28

Paloma Santos
Da Agência Brasil
Brasília - Na avaliação da presidente da Associação Brasileira de Alimentação e Saúde Escolar (Abrae), Rosane Maria Nascimento da Silva, além de ser uma obrigaçãodo Estado, a merenda escolar também deve valorizar a cultura local.Ou seja, as crianças devem consumir nas escolas alimentos produzidosna própria região.“A escola deve ser um ambienteem que valores como a preservação da cultura sejam bastantedisseminados”, disse hoje (15), em entrevista ao programa Amazônia Brasileira.Ela lembra que, conforme a determinação doFundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), um dos requisitospara a renovação do repasse de recursos para a merenda escolar é a existência de Conselhos deAlimentação Escolar nas instituições de ensino.

Osconselhos são formados por pais de alunos, gestores, professores,secretários de educação, dentre outros. O objetivo é auxiliar nafiscalização e na organização da merenda escolar.

De acordo com Silva,os conselhos devem contribuir também para o aperfeiçoamento da alimentaçãoescolar.

“A gentenão quer um conselho apenas de papel, queremos um conselho quefuncione e traga sugestões para que a alimentaçãoescolar se torne um elemento de discussão”, avaliou.

Ela afirma que o conselho funciona como um controle social do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

"Assim, é fundamental a participaçãoda comunidade escolar [pais, alunos e professores] no conselho porqueatravés dela são levadas críticas, denúncias e sugestões”.

Ela diz que o Pnae atende hoje 38 milhões de crianças em todo o país. De acordo com ela, o governo federal repassa todos os dias às escolas R$ 0,25 por criança. Creches e instituições escolares que atendem comunidades indígenas e quilombolas recebem R$ 0,55.

“Mas, não é só isso. Os estados e municípios também complementam essa verba".