Justiça gaúcha condena bancos à indenização por perdas em planos Bresser, Verão, Collor 1 e 2

15/10/2007 - 17h41

Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o Unibanco, o Bradesco e o Santander Brasil a indenizarem os clientes que tinham caderneta poupança nas agências gaúchas durante os Planos Bresser, Verão, Collor 1 e 2. Assentenças referem-se a açõescoletivas movidas pela Defensoria Pública do estado. Essas são as primeiras ações coletivas de consumo contra instituições bancárias referentes a esses planos julgadas no país.Asdecisões, publicadas no último dia 9, foram expedidas pela 15ª e 16ª Vara Cível do ForoCentral de Porto Alegre, respectivamente pelos juízes Roberto Behrensdorf Gomes da Silva e JoãoRicardo Santos Costa. Os bancos ainda podem recorrer das decisões. Mais informações podem ser obtidas no site: www.tj.rs.gov.br"Deve ser ressarcido quem tinha aplicação napoupança em junho de 1987, noPlano Bresser, janeiro de 1989, no Plano Verão, e em abril de1990 e fevereiro de 1991, Planos Collor I e II", explica o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo eDefesa das Relações de Consumo (Ibedec), JoséGeraldo Tardan. "Essas pessoas têm direito ao resgate das diferenças não pagas pelosbancos”.Em entrevista hoje (15) ao programa Revista Brasil, ele disse que os percentuais que cada pessoa poderáreceber varia de acordo com cada ação. “No PlanoCollor 1, a correção é de 84%. Então, por exemplo, apessoa que tinha R$ 1 mil vai receber R$ 840 emais a correção relativa a todos esses meses, o quedaria mais de R$ 5 mil”.Tardanafirma que, juntos, os quatro planos devem aos poupadoresuma restituição de mais de R$ 1 trilhão.“Essas pessoas tinham dinheiro aplicado, ogoverno mudou os planos e os bancos pagaram aos poupadores com osíndices antigos”.Deacordo com as assessorias de imprensa do Bradesco e do Santander Brasil, adecisão está sendo avaliada pelo departamento jurídicodos rescpectivos bancos. Por enquanto, nenhuma das instituições vai comentar o assunto.Até o fechamento desta reportagem, oUnibanco não havia respondido à Agência Brasil.