Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje (5), em Santa Catarina, as privatizações de empresas públicas durante governos anteriores. Ao participar da assinatura do termo entre os governo federal e deSanta Catarina que dá início ao processo de incorporação do BancoEstadual de Santa Catarina (Besc) ao Banco do Brasil, Lula classificou as privatizações do passado como "quase processo de doação da coisa pública".Segundo o presidente, quando um banco público dava prejuízo, citando o Banco do Brasil, surgiam os defensores de que a instituição deveria ser vendida, pois não "prestava" e era ineficiente. "Os bancos públicos eram utilizados muito mais para os interesses dos governantes do que para os interesses da população, dos empresários", afirma Lula, para quem os bancos estatais, às vezes, lucram menos que os particulares porque têm mais compromissos sociais do que a iniciativa privada.Com a transferência de controle do Besc e do Besc S/A - Crédito Imobiliário (Bescri) para Banco do Brasil, o conglomerado catarinense deixará de ser privatizado, como estava previsto no contrato de federalização firmado em 1999, de acordo com informações publicadas pela Presidência da República.Para o processo ser efetivado, o Senado precisa aprovar o termo aditivo assinado hoje, como fez com o contrato de federalização. Depois, o Conselho Nacional de Desestatização (CND) deverá propor ao presidente Lula a edição de um decreto para a retirada das duas instituições bancárias do Programa Nacional de Desestatização (PND). O Banco do Brasil terá um ano para concluir a incorporação.