Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A sessão secreta que vai votar a perda de mandato dopresidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcada para às 11horas, pode ser adiada. Tudo por conta da decisão do Supremo TribunalFederal de autorizar a entrada de 13 deputados na sessão.O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC),convocou reunião de emergência da Mesa Diretora para pedir que oministro do Supremo, Ricardo Lewandovski, reconsidere a decisão.Tião Viana disse que, caso a Mesa decida, a sessãopoderá ser adiada para 14h30, tempo suficiente, segundo ele, para oSupremo mudar de opinião quanto à participação dos deputados na sessão."Se entram 13 deputados, os outros, querendo entrar,não poderão ser impedidos. Além disso, não tenho qualquer poderpunitivo para deputados, tenho sim para senadores. Se um deputado levaum gravador e uma filmadora não tenho qualquer poder punitivo", disse."O processo legal fica seguramente ameaçado diante da quebra deprivacidade do que são as normas regimentais e constitucionais. Porisso, pedimos a reconsideração do relator", acrescentou.A decisão do ministro Ricardo Lewandowski, namadrugada de hoje, garante o livre acesso de 13 deputados ao plenáriodo Senado e presença na sessão secreta que analisará a proposta decassação do presidente da casa, Renan Calheiros.O mandado de segurança foi impetrado pelos deputadosfederais Raul Jungmann (PPS/PE); Fernando Gabeira (PV/RJ); ChicoAlencar (PSOL/RJ); Carlos Sampaio (PSDB/SP); Luiza Erundina (PSB/SP);Raul Henry (PMDB/PE); Paulo Renato Souza (PSDB/SP); Luciana Genro(PSOL/RS); José Carlos Aleluia (DEM/BA); Alexandre Silveira (PPS/MG);Fernando Coruja (PPS/SC); Gustavo Fruet (PSDB/PR); José Aníbal(PSDB/SP).Os deputados também pediram que a sessão fosse pública, mas esse pedido não foi atendido.