Priscilla Mazenotti e Alex Rodrigues
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O advogado-geral doSenado, Alberto Cascais, ingressou com recurso no Supremo TribunalFederal (STF) para tentar derrubar a decisão do ministroRicardo Lewandowski que permitiu a entrada de 13 deputados federaisna sessão secreta que vota o processo por quebra de decoroparlamentar do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).Oargumento é que, pelo regimento interno, a sessão deveser secreta e o STF não poderia inferferir nessa regra. Orelator do mandado de segurança apresentado pela Mesa Diretorado Senado é o ministro Joaquim Barbosa. Na tarde de hoje (12),o plenário do STF julga em caráter conclusivo tambéma liminar que abriu a sessão do Senado para os deputados. Caso o relatório do Conselho de Ética do Senado seja aprovado no plenário do Senado Federal, Renan Calheiros será o primeiro presidentena história da Casa a perder o mandato por quebra de decoroparlamentar. São necessários 41 votos, dos 81 senadores para aceitar a proposta.Pela manhã, depoisde meia hora de discussões em sessão preliminar, o vice-presidente doSenado, Tião Viana (PT-AC), que hoje preside a Mesa Diretora, fechou a sessão. Ficaramem plenário apenas os senadores, os advogados das partes e os 13deputados federais que têm autorização do Supremo para assistir àsessão.Durante a parte preliminar não foi permitida a presençade jornalistas e do público em plenário, mas a sessão foi transmitidapela televisão. Os senadores discutiram a possibilidade de abrir asessão ao público, mas isso não foi possível porque o regimento doSenado é claro: sessões de perda de mandato devem ser secretas.