Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas no país - do segundo trimestre divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) representa um crescimento de forma robusto, equilibrado. O crescimento de 5,4% verificado pelo PIB neste segundo trimestre de 2007, em comparação a igual período de 2006, é o maior desde a expansão de 7,5% verificada no segundo trimestre de 2004. Além disso, segundo Mantega, não há um aquecimento exagerado da demanda."É um número bastante bom, mas o mais importante é que a formação bruta de capital fixo [investimentos] está crescendo 10,6%. Confirmando aquela nossa previsão de que vamos fechar o ano com a formação bruta de capital fixo em torno de 10%", disse.Na avaliação do ministro, se houver crescimento do PIB em torno de 5% no ano e investimento em 10%, o crescimento será equilibrado com o aumento de oferta.O ministro reafirmou que a projeção de crescimento da economia continua mantida "em torno 5% este ano", principalmente porque a indústria de transformação, que segundo ele, é um dos pólos dinâmicos da economia brasileira, tem demonstrado uma aceleração em comparação ao ano passado, com 5%.Para Mantega, porém, não haverá aceleração maior no crescimento da economia no segundo semestre. "Acredito que não. Porque também há uma aceleração em relação ao semestre anterior, mas essas taxas estão se situando em torno de 5%", afirmou.Ele lembrou, no entanto, que os investimentos são a única exceção, com uma taxa mais elevada, mas que representa uma parcela menor da produção brasileira. Quanto ao consumo das famílias, ele admitiu que é robusto, mas dentro de parâmetros bastante razoáveis, pois está sendo atendido pela expansão da indústria e pelo aumento da oferta e dos investimentos."Isso que é importante. Por isso que é um crescimento equilibrado, onde a oferta atende a demanda e desta maneira não causa pressão inflacionária".