Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A taxa de investimento da economia brasileira cresceu pelo 14º mês consecutivo, ao expandir no segundo trimestre deste ano 13,8%, em relação ao mesmo período de 2006. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está é a maior alta desde os 14% de igual trimestre de 2004. Este valor corresponde a 17,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e é o maior percentual em relação ao indicador desde o início da série histórica, em 2000."A formação bruta de capital fixo é o nosso grande destaque neste segundo trimestre. Há vários fatores hoje na economia que favorece este crescimento na taxa de investimentos: o dólar baixo vem levando ao incremento das importações de máquinas e equipamentos com reflexo direto na taxa de investimentos; a queda sistemática das taxas de juros no país; e o aumento do crédito para pessoa jurídica, cuja taxa cresceu 23%”, explica Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.Ainda na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o consumo das famílias cresceu 5,%, o do governo 3,9%, enquanto as exportações de bens e serviços registraram expansão de 13%, contra um crescimento de 18,7% nas importações.“Nós continuamos tendo um aumento maior dos volumes de bens e serviços importados, em relação aos das exportações. Isto vem acontecendo deste o 1º trimestre de 2006 – quando houve a virada e o volume das importações passou a crescer mais do que o dos exportados. Neste semestre, no entanto, houve uma acelerada neste crescimento”, disse. Segundo a economista do IBGE este crescimento tem destaque exatamente nos setores de investimentos, com incremento na entrada de máquinas e equipamentos e metalurgia.