Fiesp estima crescimento do PIB acima de 5% em 2007

12/09/2007 - 19h14

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, afirmou hoje (12) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil - a soma das riquezas produzidas no país - caminha no sentido de fechar o ano com crescimento superior a 5%.A opinião foi dada logo após a divulgação do resultado do 2º trimestre PIB brasileiro, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, a economia brasileira cresceu 5,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação a igual período do ano passado, e 0,8% em relação aos três meses anteriores. “Nós consideramos e achamos que o PIB está indo na direção de fechar o ano acima de 5%”, disse.Apesar de avaliar o resultado como positivo, Francini considerou que a base de comparação do PIB do 2º trimestre é fraca. O diretor ressaltou que, no mesmo período do ano passado, o desempenho do PIB não foi bom e gerou pessimismo em setores da economia.    “O segundo trimestre do ano passado não foi bom. Então, para este trimestre [de 2007], nós estamos com uma base comparativa, de certa forma, fraca”, considerou. Segundo ele, como no terceiro trimestre de 2006 o desempenho do PIB apresentou uma certa recuperação, será mais difícil o PIB apresentar um crescimento “forte” no terceiro trimestre. “Vai ser mais pauleira, mais difícil nas próximas divulgações de PIB você ter uma taxa de crescimento muito forte com comparação a igual trimestre do ano passado”, considerou.O diretor destacou ainda o desempenho da indústria de transformação, que apresentou crescimento de 7,2%, em comparação com igual período do ano passado. "Você tem indústria de transformação crescendo 7,2% contra um crescimento de PIB de 5,4%. Ou seja, a indústria de transformação puxando o PIB para cima, sendo indutora do crescimento. Nós achamos sempre que este é o papel da indústria de transformação em uma economia saudável", afirmou.