Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse há pouco que a absolvição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa, foi "uma decisão soberana do plenário do Senado e tem que ser respeitada".Ele acrescentou: "Acho que politicamente foi ruim. A crise permanece. Ela veio para ficar."Para o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), "essa é uma decisão independente do Senado, a quem cabia o julgamento – ao governo só cabe respeitar essa e outras decisões do Legislativo".O resultado da sessãono plenário registrou 40 votos pela absolvição, 35votos a favor da cassação e seis abstenções. Para aprovar acassação ou a absolvição era necessária maioria simples, ou seja, 41 dos 81 votos dos senadores. A absolvição livrou o presidente do Senado do primeiro de quatro processos a que responde no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.O processo era por quebra de decoro parlamentar após umarepresentação do P-SOL, baseada em uma reportagem darevista Veja, que afirmou que o senador tinha contas pessoais pagaspor um funcionário da construtora Mendes Júnior. Entreas contas, a pensão paga à jornalista MônicaVelloso, com quem tem uma filha.