Brasileiros são excluídos da saúde por "insuficiência" na rede pública, diz ministro

12/09/2007 - 17h16

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou hoje (12) que 13 milhões com hipertensão (pressão alta) e 4,5 milhões de diabéticos nãosão tratados de modo adequado atualmente no país. Quase metade das brasileiras grávidas(47%) não fazem as sete consultas de exame pré-natal e 25% dapopulação com doenças negligenciadas, como tuberculose, malária e hanseníase, nãotem acesso regular ao sistema público de saúde.Segundo ele, este ano, 90 mil brasileiros comcâncer farão cirurgia, quimioterapia, mas nãoterão acesso à radioterapia pela “insuficiênciade capacidade instalada na rede pública”.Para o ministro, esse quadro só seresolve com mais recursos e melhorias na gestão da saúde.“Não dá para fazer mágica. Por outro lado,colocar recursos adicionais no sistema, pura e simplesmente, sem mexerno padrão de gestão dos recursos, também éinadequado”. Uma vez mais, ele defendeu a criaçãode fundações estatais de saúde, cujo projeto de lei complementar tramita desde julho noCongresso Nacional. Temporão também enfatizou que épreciso atualizar a tabela do SUS. Segundo ele, atualmente, o SUSpaga R$ 7,55 por consulta médica, enquanto na iniciativaprivada o valor médio é de R$ 42.